"Imperdoável é o que não vivi
imperdoável é o que esqueci
imperdoável é desisitir de lutar
imperdoável é não perdoar
Tive dois reis na mão e não apostei
vi catedrais no céu, não as visitei
vi carrosséis no mar mas não mergulhei
imperdoável é o que abandonei
Vejo-me cego e confuso nesta cama a latejar
o que seria de mim sem o meu sentido de humor?
praticamente mudo, sinto a máquina a bater
é o rugido infernal destas veias a ferver
Imperdoável é dispensar a razão
imperdoável é pisar quem está no chão
imperdoavel é esquecer quem bem nos quer
imperdoável é não sobreviver"
** da peça "A Balada da Margem Sul", de Helder Costa, pela Compª de Teatro "A Barraca"
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